De entre todos os morbos do espírito, o pior é a compaixão mansa e piegas. O editorial estampado na página quinze da edição de hoje do Público é uma prova disso mesmo. Hoje, ser intransigentemente pela paz e pela liberdade, não nos faz, nem deve fazer, ser espanhóis. Há diferenças que não se diluem. Seja na dor. Seja na glória. Eles são eles. Nós somos nós. Mesmo se o que nos diferencia mais não é do que a ilusão da diferença. Aliás, só preservando a diferença é que alguém pode ser solidário com o outro e perceber o outro também como uma forma de si-mesmo. É daí, da diferença, da comunhão, e não da identidade, do bloco unitário, que promana o contrário do terrorismo. Segismundo.