O senhor presidente da Comissão de Acompanhamento da Lei da Adopção entende que “é uma infelicidade uma criança ser educada por homossexuais, sejam dois ou um”. Em seu douto entender é preferível que a criança cresça e viva numa instituição ou em famílias de acolhimento. Pois assim, pretende ele, estará assegurada a “sexualidade natural” – ou, o que é o mesmo, a “sexualidade original”, a “sexualidade genética” – da infantil criatura. O raciocínio do fulano é tão estúpido na sua evidência que ele nem sequer se sobressalta com o facto de os homossexuais não serem (necessariamente) filhos de homossexuais. Isso, aliás, para ele, deve ser um mistério do caraças. Ou, então, um defeito da natureza que não tem defeitos. O Marquês.