O que mais impressiona na beata senhora secretária de Estado da Educação é a sua inclinação para doutrinar sobre matérias que manifestamente não domina. É um facto que todos, embora uns mais do que outros, estamos habituados a pronunciarmo-nos sobre questões e assuntos de que nada ou pouco sabemos. É uma pulsão vital a imaginação de que os mistérios do mundo estão disponíveis para o nosso juízo, quando são tão opacos e reservados. Se é assim com o mundo, não é diferente com a sexualidade. Por isso, em relação à sua aprendizagem e à sua experiência o que se recomenda é a prática. E não a abstinência. Aliás, pelo que aparenta, é nisso, e só nisso, que a tal senhora secretária de Estado se revela competente. O Marquês.