A protecção policial de que beneficia o senhor dr. Pedro Santana Lopes, mais do que um símbolo de status político, é a demonstração tanto de uma fraqueza – a incapacidade de se defender – quanto de uma megalomania – a presunção de que alguém o pretende ofender fisicamente. A isto, numa hipótese simpática, chama-se dissonância cognitiva. É um facto que a criatura necessita de protecção. Porém, carece de protecção não em relação a estranhos, mas em relação a si mesmo. E essa protecção não é um agente da PêéSsePê que a pode providenciar. Seja como for, o mais que ele, o senhor dr. Santana Lopes, pode gerar, se arribar a senhor presidente da República, é vergonha, como disse o senhor dr. Miguel Sousa Tavares. E, convenhamos, ninguém o quer exterminar. O tempo encarregar-se-á disso. A menos que, como clemência, soe um qualquer concerto para violino. De Chopin, claro está. O que é pouco provável. Ou seja, é outra fantasia. Segismundo.