A condição humana é uma estranha forma de condensação de comunhão e diferença. Por isso, são regras da vida os consensos e os dissensos. Ora, se é assim na vida, é assim também na política. Porém, na política, muitas vezes o consenso é uma forma de castração, um modo de estreitar o possível. Daí que se compreenda que as gentes do PS, tão castas de oposição que andam, padeçam agora da tentação de serem acilhadas na besta do consenso sobre as finanças públicas. A responsabilidade política, contudo, não é ser-se carregado, como um álacre tonto, no dorso da alimária. É, antes, assestar-lhe com as esporas. O que exige senso. Ou tino. Não, nunca, desatino. Nicky Florentino.