Tomada de súbito, parece estranha a sentença do João, “não há cura. Trinta anos depois, temos saudades de Salazar e continuamos talhados para a ditadura”. Mas, depois, compreende-se. Temos... É que a monumentalidade do egoísmo do plural majestático não se confunde com a solidariedade da comunhão com outros. O João tem, logo diz temos. É aristocrático. E bem. Os outros não têm, logo não dizem. Tontices. E bem. Também. Segismundo.