O senhor presidente da Confederação da Indústria Portuguesa revelou-se adepto do trabalho a tempo parcial para as mulheres que queiram ter filhos e contra o alargamento da licença de maternidade. Diz ele, “a mão-de-obra é escassa ao contrário do que às vezes se pensa e, por isso, as mulheres fazem falta”. Para além disso, acrescenta o senhor Francisco van Zeller, “as mulheres são mais estáveis, não andam a saltitar de emprego em emprego” e, para além disso, “quer gostemos quer não, acabam por ganhar menos”. Aposto dobrado contra singelo como, em relação a esta última parte do argumento, o senhor presidente da CIP, o danado, é dos que gostam. E é bom esse gosto. Pois as mulheres querem-se dóceis, disponíveis e baratas. Segismundo.