O senhor director do Público, no editorial da edição de hoje, compara a vetusta Constituição norte-americana com a juvenil Constituição portuguesa. O exercício merece alguma misericórdia. Sobretudo porque o dito senhor director do Público se esqueceu do facto de que a cultura jurídica e constitucional nos dois países é tão semelhante quanto o alfa e o ómega. Tivesse ele comparado as resmas de papel que há de jurisprudência constitucional norte-americana com os acórdãos do Tribunal Constitucional português e evitaria suportar o seu argumento num disparate de calibre maior do que um comboio. Ou isso ou, então, que tivesse lido Dworkin. Segismundo.