Fernando Madrinha, um dos senhores subdirectores do espesso Expresso, aquele que habitualmente preenche a página quatro, entende, por chão moralismo, que o facto de o senhor presidente do Futebol Clube do Porto não ter convidado o senhor dr. presidente da Assembleia da República para a inauguração do estádio do Dragão é o ensaio de “uma vingança tosca”. Pois, sustenta o referido senhor subdirector, “na pessoa de Mota Amaral, são todos os titulares de cargos políticos que o presidente do Futebol Clube do Porto provoca e procura humilhar”. O delírio tange o limite. É que, como o discernimento não iludiu ao senhor subdirector do espesso Expresso, o senhor presidente do Futebol Clube do Porto convidou outros titulares de cargos políticos. E, ao fazê-lo, diferenciou-os, não os considerou por atacado, todos por junto, ao molho. Pelo que ou o senhor subdirector Madrinha padece de dificuldade na articulação ou resvalou para a estupidez franca. Se padece de dificuldade em articular, com as novas terapêuticas e pedagogias, certamente que o caso é passível de correcção. Se tiver sido derrapagem para a estupidez franca, não incomoda. A estupidez franca, ao expor-se, expõe a sua própria condição. Pois é da sua natureza ser evidente enquanto estupidez. O que faz dela estupidez que não engana. Segismundo.