No artigo estampado na edição de hoje do Público, confessou João Bérnard da Costa que com frequência se questiona sobre Orson Welles, “sobre o que nele é fake ou sobre o que nele é fuck, sobre as suas negras magias, sobre o seu «cortejo infernal de alarmes», sobre os seus abismos, acções, desejos e sonhos”. João Bérnard da Costa interroga-se assim não por ser inspector de películas, mas enquanto alguém que ensaia um exercício de vigilância dos limites da sua própria experiência. Pois ele sabe, como qualquer danado, que há respostas cujo encontro não se deseja. O fulgor da pergunta é animação e orientação suficiente para a vida. Segismundo.