Por uma vez, sem motivo para reedição, vislumbrei utilidade na existência do senhor dr. ministro de Estado e da Defesa. Vê-lo no oceano, a dar aos braços, a mostrar aquelas bandeirinhas de marujo, corajoso, sagaz, na proa de uma fragata dessas que para aí há, tipo Meko, para impedir os tóxicos e obsoletos vasos de guerra norte-americanos, que se arrastam penosamente para a sua desmantelação e transformação em sucata, de penetrarem em reserva oceânica da pátria, lá para os Açores. Isso é que era ser homem. Isso é que era ser senhor dr. ministro de Estado e da Defesa. Isso é que era. Não, como aconteceu, mostrar-se um incapaz, acoitar a curta cauda entre os joelhos e assobiar como quem não quer a coisa, mas já levou com ela, a coisa, os navios tóxicos. Porque não tenho paciência, mais uma vez sou inclemente com o senhor dr. ministro de Estado e da Defesa. E tudo será pior se ele se atrever a beijar-me na boca e a chamar-me Tarzan. De quem eu sou adepto é do Mandrake. De quem eu gosto é do Marsupilami. Nada de confusões. Ou de oblíquas abordagens. De quem não gosto, não gosto. Sequer aceito ósculos. E os incapazes, quando deles julgo haver necessidade, confirmam-me o asco que lhes tenho, por serem omissos no acto e na palavra. Havia de doer-lhes a alma, aos sacanas dos incapazes. O Marquês.