Um blog tende a ser um expositor de solidão. Pode ser uma solidão fingida, ensaiada, simulada, negada, mas é, sempre, uma solidão, uma solidão projectada, projectada para os outros, uma solidão publicitada. Reconhecida pelos outros, essa solidão como que se desintegra, sem, no entanto, se desintegrar de facto. Começa aqui a ilusão da comunidade. E muitos caem nela. Como quem cai numa rede. Porque é reticular e não comunitária a plataforma onde as solidões, expressas nos blogs, se encontram. O engano é uma constante vital. Segismundo