Já se sabia da existência de um conjunto de mães de Bragança que não conseguiam, em carne ou espírito, satisfazer as necessidades de homem dos seus respectivos consortes. E que eles, com o fito de aplacar tais necessidades, recorriam à disponibilidade de umas meninas brasileiras. Foi um escarcéu do caraças. Passado todo este tempo, a revista Time, mais do que em cima do acontecimento, tratou de abordar o caso. Parece que, para as detrambelhadas redactoras da peça publicada no último número da dita revista, Bragança é, agora, the new red light district of Europe. Um exagero, como está bem de ver, e, portanto, um péssimo serviço noticioso. Não bastava já a extensão de tempo com que a publicação dá eco, deferido, ao sucedido, acresce, ainda, a megalómana monumentalidade que é concedida à quantidade de rameiras existentes em Bragança e à qualidade dos serviços, íntimos, prestados.
Entretanto, parece que o senhor dr. ministro adjunto do primeiro-ministro, como retaliação, pondera suspender a campanha de promoção do Euro-doismilequatro na revista Time. Não se sabe porquê, se por reagir tipo cachorro da experiência de Pavlov ou por o juízo pouco lhe escorrer, mas parece que o dito senhor dr. ministro adjunto prefere que sobressaia a publicidade ao putativo red light district de Bragança do que ao Euro-doismilequatro. Como é compreensível. Obscenidade por obscenidade, que se propagandeie a que tem a ver com a luxúria. O único dos pecados mortais merecedor de redenção. O Marquês.