<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://draft.blogger.com/navbar/5515885?origin\x3dhttp://alberguedosdanados.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
Albergue dos danados

Blog de maus e mal-dizer 

2003-10-31


Era para ter sido acontecimento discreto, reservado, sem publicidade. Mas assim não foi, pois alguém denunciou a visita dos três, o crítico, um danado daqui e um pulha, ao Animatógrafo, ainda que, por alguma reserva de decoro, esse mesmo alguém tenha evitado reportar os pormenores mais sórdidos do episódio. Foi assim.
Uma vez fechado na cabine, a assistir ao peepshow, o crítico começou a cantar a Cavalgada das Valquírias, imitando a célebre cena do Apocalypse Now. O danado deste tugúrio, por seu turno, simulou tapar os olhos com as mãos e gritou ó mãezinha!, tira-me daqui!, leva-me para Bragança!, o paraíso onde não há vitrinas. Tentou, depois, fazer o pino, mas o acanhado espaço da cabine não o permitiu. Caiu desamparado e praguejou durante o espectáculo coisas como Charlie don’t surf. Fez a figura triste do costume. O pulha, esse, ao ver a húngara - ou seria búlgara?, as bandeiras são parecidas - de gatas e a alçar a perna, como fazem os cachorros, começou a uivar, parecendo haver domiciliada nele uma alcateia famélica. Chegou a ouvir-se o chiar das suas unhas no vidro, ao mesmo tempo que, num ritmo sincopado, ele, o pulha, repetia ó Natália!, tu agarra-me, tu segura-me. Entretanto, do lado oposto, ouviu-se o crítico a exclamar allegro!, não, allegro vivace!, lindo!, lindo!, lindo! Jaquinzinhos!?, mas qual jaquinzinhos!?, foram, em interrogação, as suas últimas palavras. Enquanto isso, o danado continuava a clamar pela mãe, ó mãezinha!.., e o pulha continuava a uivar, au!, au!, au!, auuuuuu! Não há outros sobreviventes. O Marquês.


No comment

Enviar um comentário

2003/2024 - danados (personagens compostas e sofridas por © Sérgio Faria).