Cena um
A filha, “papá, és um homem poderoso?, não és?”, perguntou, com candura ainda de adolescente.
O pai, “sim, filha, claro que sou um homem poderoso, não vê?”, disse, enquanto flectia o braço, como que a fazer músculo à Tarzan Taborda.
A filha, “sabes?, papá, eu gostava muito de ser médica, mas...”, disse, suspendendo, lacrimosa, o discurso.
O pai, “ó minha filha, não te preocupes; o papá tem um amigo lá no emprego que, quase de certeza, vai ajudar-te”, disse, aconchegando a cabeça da filha contra o seu ombro, paternal, protector.
(Continua). O Marquês.