Nisto de disputas entre edis nunca se sabe bem como é que as coisas verdadeiramente são Todos sabem, mas nunca as coisas são evidentes. Então, em Sátão, parece que foi assim... Nas vésperas das eleições autárquicas de Dezembro de dois mil e um, as últimas, o senhor Acácio Pinto, o maioral dos socialistas lá da paróquia, sondou o senhor Alexandre Vaz, então vereador antes eleito pelo PSD, para ser candidato a senhor presidente da Câmara Municipal pelo PS. Acontece que o senhor Luís Manuel Cabral, o então, como agora, senhor presidente da Câmara Municipal, também eleito pelo PSD, apercebendo-se da manigância prometeu ao seu muito amigo Alexandre Vaz que, se ele não fosse por maus caminhos - candidatando-se pelo PS -, mas por boas vias - tornando a candidatar-se pelo PSD -, a meio do mandato abdicaria das edis honrarias a seu favor. Posto isto assim, o senhor Alexandre Vaz roeu a corda, deixou os socialistas pendurados e, lampeiro, tornou a ser vereador eleito em listas do PSD. Só que agora, afinal, chegado o dia, o senhor Luís Manuel Cabral não quer dispensar-se do que é. E o senhor Alexandre Vaz sente-se traído, por tardar a arribar ou a ver incerta a arribação a senhor presidente da Câmara Municipal. E tudo isto se sabe. E ninguém, por sabê-lo, se fulguriza. O que é humano. Afinal, os fulanos até são ditos amigos... Segismundo.