Fui testemunha de um diálogo, entre dois gentios, que sorviam um café, depois de almoço. Concedo-lhe aqui eco.
Eleum, a ler o Público, em voz alta, em tom de desprezo, para outro, “Ouve esta: 'Opus Gay acusa Bloco de Esquerda de «golpes trotskistas» para controlar o movimento'”.
O outro, eledois, “«golpes trotskistas»?, devem ser golpes por trás, não?”, expostou a dúvida.
Eleum, esclarecedor, “golpes por trás?, não!, desses a Opus Gay era capaz de gostar e não se queixar”.
Eledois, "pois é!, pois é!, deves ter razão", disse, ilustrado.
Depois riram-se como duas hienas, os balofos, sentados na mesa ao lado. Que, por acaso, devem saber melhor o que significa gay do que o que significa trotskista. A vida tem destas ironias. O Marquês.