Jim, tenros vinte e dois anos corridos sobre o corpo, nado e criado no Oklahoma, tem actualmente o paradeiro em Bagdad e afligem-no as saudades do lar e da senhora sua esposa. Aceitou de grado a missão de, pelo jeito e pela força bruta das armas, escorraçar o mau do Saddam Hussein do seu domicílio palaciano, mas está apreensivo quanto ao futuro do Iraque. “Viemos aqui dar-lhes a liberdade, é a nossa dádiva para eles. Mas pensam que a liberdade é, assim, uma coisa sem leis”. Talvez que os inféis bárbaros consigam compor-se um dia destes. Quanto à legitimidade da ofensiva que a coligação anglo-americana ensaiou lá para o Crescente Fértil, o Jim revela-se simultaneamente sereno e inquieto. “Pelas história que ouço todos os dias, não duvido que Saddam era um ditador sanguinário, e foi bom tê-lo derrubado. Quanto às razões alegadas para a guerra, é mais complicado. Gostava mesmo que descobrissem armas de destruição maciça. Melhor é não falar nisso, ainda me meto em sarilhos”. O Jim tem toda a razão. Deve ter-se recordado daquela recomendação do Wittgenstein, falar só sobre o que pode ser dito. Segismundo.