Na página dois da edição de hoje do Público há uma polaroid pândega do senhor dr. presidente do CDS/PP em acto. O fulano está com o braço direito hirto e estendido, parecendo estar a fazer a saudação a César ou fascista. O Carlos suspeita haver uma capciosa intenção subjacente à decisão de estampar tal polaroid no jornal. Aqui suspeitamos o mesmo. Mas é justamente essa suspeita que nos faz nutrir maior ternura pela dita. Não porque mostre o que a criatura é, mas o que a criatura pode ser. É que, mesmo que remota, uma hipótese é sempre uma possibilidade. E essa é justamente uma das trágicas ironias do mundo. Celebremo-la. Pois é isso que, aqui, nos faz ser voluntária e desejadamente maus. O Marquês e Segismundo.