O lugar submerso que ainda procuram à tona
Brufe. Um Peugeot duzentoseseis afrouxa, pára. A matrícula da viatura era indígena, a pronúncia das criaturas era do Sul. Ele perguntou “sabe-me dizer se ainda falta muito para chegar a Vilarinho de Furnas?”. A canícula carregava. A aldeã olhou-o surpresa e respondeu-lhe “ó senhor, olhe que já vem tarde. Vilarinho ficava lá atrás, mas agora está debaixo de água”. Reage ele, desarmado, “á!, então é por isso que passámos por lá e não vimos nada”. Concerteza. Voltou lesto o inocente casal ao carro e tornou no sentido de Vilarinho de Furnas, sem se tocar pelo arrebate a que Brufe obrigava. Talvez, ela e ele, fossem olhar a albufeira e espreitar as águas, para ver se conseguiam vislumbrar o que já não está de ver sem mergulho. Nicky Florentino.