A prosa é elucidativa, não carece, não, de considerandos mais. Assim, na página vinte e seis da Pública número trezentos e setenta e três, parte do domingueiro Público número quatro mil oitocentos e oitenta e oito, de vinte de Julho de dois mil e três. "Nas últimas eleições legislativas, o PS local organizou um petisco na freguesia de apoio à candidatura socialista. Tio Rui garante lá ter estado, não porque simpatizasse com o partido (que considera dar «demasiada liberdade»), mas porque o jantar era grátis e sempre podia ver os amigos, coisa verdadeiramente excepcional na sua pacata vida. Em matéria política, aliás, o velho pastor prefere o PSD, partido que, segundo ele, conserva mais o respeito. E, de Salazar, guarda a memória de um país ordenado, embora a polícia de então lhe faça franzir as duas rugas que traz na testa". É a isto que se pode chamar povo ilustrado. Nicky Florentino.